Ouvindo: Sound Of Silence
Não conversaram muito durante o jantar. Ele estava cansado de mais até para sorrir. Mesmo assim, deu alguns sorrisos amarelos para agradar a moça. As panquecas já estavam frias e não muito deliciosas. Apesar de tudo, - as melhores panquecas que já comi em toda minha vida - era o que teria dito se ela lhe perguntasse. Um gentleman, como sempre.
O mundo estava sem cor naquela noite. E não por causa da chuva e dos trovões.
Beijou-a toda bem devagar. Acariciou cuidadosamente toda sua pele de curvas simétricas. Apreciou sua bela donzela da cabeça aos pés. Ele estava cansado, ela com sono. Não fizeram amor. Mas as carícias foram tão aprazíveis quanto... Algo lhe dizia que aquela poderia ser a última noite. Ele sabia que era.
- Boa noite, meu amor. Eu te amo. - foi a última coisa que seus lábios proferiram. Ela adormeceu mais uma vez em seus braços. Ele sorriu pela última vez. Com o sorriso o alívio. Fora o melhor homem que pôde durante todo o romance. Um final feliz.
Um barulho na porta. Passos que tentavam não fazer barulhos em direção ao quarto escuro. Um homem com um sobretudo preto, sapatos pretos, máscara no rosto e uma pistola com silenciador entrou na cena. A arma engatilhada. Os olhos marejados do carrasco não lhe tiraram o bom humor.
- Está atrasado - disse deitado na cama. Sorriu. Um disparo...
domingo, 25 de julho de 2010
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3 comentários:
Curti Dom Guilherme... Esperarei os próximos!
Ficarei acompanhando também, Senhor Guilherme!
Cíntia Porto
Ficarei acompanhando também, Senhor Guilherme!
Cíntia Porto
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