sábado, 12 de dezembro de 2009

Valeu, Danrlei!

Estive presente no jogo de aposentadoria do Danrlei, ex-goleiro do Grêmio. Foi uma festa linda, à altura dos feitos dele vestindo o Manto Tricolor. Trinta mil torcedores marcaram presença. Trinta mil vozes ecoando pelo estádio. O olímpico pulsou. Foi emocionante. Uma emoção indescritível. Como diria o Pedro Ernesto: "foi demmmais.".

Desde o momento que os atletas que defendiam o Grêmio no ano de 95 adentraram ao gramado, até o fim da partida: uma aura mágica tomou conta de todos os espectadores. Danrlei; Arce; Rivarola; Adílson, o Capitão América; Roger; Luis Carlos Goiano; Dinho, o Cangaceiro; Alexandre; Carlos Miguel; Paulo Nunes, o Diabo Loiro; e Jardel. Uma escalação que todo gremista tem na ponta da lingua, repetida novamente no gramado do Olímpico Monumental. Nostalgia total. Lembrei-me da primeira vez que fui ao Olímpico: eu era uma criança, devia ter uns 6 ou 7 anos. A partida era válida pelo campeonato brasileiro. O adversário era o União São João de Araras. O estádio estava quase vazio; o jogo foi horrível, desinteressante. Terminou empatado em 1 a 1. Recordo que a escalação não era muito diferente dessa que jogou hoje. Hoje foi melhor, embora os muitos quilos e anos de vida a mais dos jogadores tenham contribuído para que o jogo de despedida de Danrlei não fosse o maior espetáculo da terra(uma partida em slowmotion). Mas foi ótimo reviver, vibrar e gritar com e para os mesmos ídolos da minha infância. Gritar novamente "Arce, Arce, Arce..." nas cobranças de faltas e escanteios; comemorar gols do Jardel; aplaudir os dribles do Paulo Nunes; urrar após assistir a mais uma dividida ríspida do Dinho; e ser salvo pelas mãos do Danrlei, não tem preço. Só sendo gremista para entender...
O mesmo Grêmio para o qual eu cresci torcendo, estava ali, com os mesmos jogadores que tanto honraram a camiseta do Imortal Tricolor, exatamente os mesmos atletas que eu via na televisão e no estádio quando pequeno. Recordar é viver!

Todo gremista na faixa dos vinte e poucos anos que atuou sob as traves alguma vez, já gritou: "DANRLEEEEI..." após uma defesa. É fato!

Jogar onze anos por uma mesma equipe e encerrar a carreira com uma grande festa em um estádio lotado, não é para qualquer um. O jogo de despedida organizado por Danrlei foi, acima de tudo, uma prova de amor e gratidão do ex-goleiro para com o clube e sua torcida.
Após muitos capítulos, uma história repleta de glórias chegou ao fim na tarde do dia 12 de dezembro de 2009 em Porto Alegre. Os céus derramaram lágrimas disfarçadas em gotas de chuva em homenagem a mais um eterno goleiro do Grêmio. Para mim, Danrlei sempre será "O Goleiro do Grêmio". Inesquecível.

Valeu, Danrlei!