terça-feira, 9 de março de 2010

Something

Something in the way she moves
Attracts me like no other lover
Something in the way she woos me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

Somewhere in her smile she knows
That I don't need no other lover
Something in her style that shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

You're asking me will my love grow
I don't know, I don't know
You stick around now it may show
I don't know, I don't know

Something in the way she knows
And all I have to do is think of her
Something in the things she shows me

I don't want to leave her now
You know I believe and how

segunda-feira, 1 de março de 2010

Onde os desacreditados têm vez

2006: Mano Menezes andava preocupado. Sua equipe estava na final do Campeonato Gaúcho. O Duelo era contra o atual e recém campeão do mundo, o Internacional. A Base do inter ainda era quase a mesma que poucos meses antes havia batido o grande Barcelona de Ronaldinho. O Grêmio não era o favorito. O time de "Operários" de Mano tinham menores chances contra os "Diamantes" do Colorado.

A primeira partida terminou com o escore de 0 a 0, no Olímpico. A segunda partida foi disputada no Beira-Rio. Ou seja: o Inter possuía uma equipe melhor, vivia uma fase mais feliz, e disputaria o título em seu território. A situação era muito favorável aos vermelhos. Ambos os técnicos foram eficazes ao montarem suas estratégias. Os comandados de Abel Braga anulavam os liderados por Mano Menezes e vice-versa. O jogo foi feio. Feio e emocionante, como todos os grenais da história. As duas equipes criavam poucas chances de gol. O Inter saiu na frente com o gol de Fernandão. Pronto, estava quase decretado o campeão gaúcho de 2006. A partida continuava tensa e com poucas possibilidades de mudança no resultado. E é justamente nessas horas, que o futebol faz juz ao apelido de "caixinha de surpresas". Os reservas de ambas equipes faziam seus aquecimentos atrás das goleiras quando Mano Menezes mandou chamar um jovem atacante que era sempre muito contestado pela torcida tricolor. Pedro Júnior, era o nome do garoto desacreditado que vestia a camiseta número 17.

Os técnicos haviam estudado todas as possibilidades um do outro. Algo muito fora do comum teria que acontecer para que uma ocorresse uma mudança no panorama da partida. Aos 33 minutos do segundo tempo o Grêmio ganhou uma falta em uma zona intermediária do campo. A bola foi alçada na grande área e em uma lapso de desatenção da defesa colorada, eis que o desacreditado e desmarcado Pedro Júnior golpeia a bola com a nuca e ela vai parar no fundo das redes de Clêmer. 1 a 1 em um campeonato no qual gols fora de casa valem por dois nos critérios de desempate. O jogo continuou tenso até o final. E terminou assim. O Grêmio levou o título por méritos de um jogador contestado.

Ontem, Gilmar Iser foi bem. O esquema tático proposto por ele não deu muitas chances ao Grêmio. O Novo Hamburgo que, teoricamente, possuia uma equipe inferior técnicamente, vendeu caro a derrota, brigou até o fim, exerceu pressão e, por vários momentos, foi superior à equipe da casa. Mas o que os "Galáticos do Interior" esqueceram, foi que em campo havia um jogador muito criticado pela torcida gremista. Esqueceram-se dos feitos de Aílton no Brasileirão de 1996 e de Pedro Júnior no Gauchão de 2007 e cometeram uma infração que lhes custou a taça Fernando Carvalho. O Grêmio ganhou uma falta de longa distância à seu favor. E ele, o, até então vaiado, Ferdinando apresentou-se para a cobrança. Disparou um petardo com a raiva que só os jogadores que buscam a redenção conseguem. A bola entrou como um foguete no canto esquerdo inferior do gol. Mais um título conquistado pelos pés de um jogador sem moral com a torcida.

No Grêmio, os desacreditados têm vez!